segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O conhecimento que glorifica a Deus



Gn 3:7-8 “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim”.

É interessante conversar com pessoas que têm sempre algo a nos ensinar. Gostamos daquelas que possuem conhecimentos para que possamos nos relacionar com elas, aprender mais um pouco, trocarmos o que temos com o que não temos. Poucas pessoas perdem tempo com quem não tem nada a lhes acrescentar. Ainda proferem o velho ditado,"Diga-me com quem andas e te direi quem és". Muitos já tiveram o desprazer de se sentir excluído de uma roda onde a conversa foi levada para um rumo o qual o assunto era desconhecido. É decepcionante!
Entretanto,  aprendi com o tempo que todo conhecimento que buscamos que não visa produzir glórias a Deus tem implícito objetivo de satisfazer o nosso ego. As Sagradas Escrituras afirmam que “Toda boa coisa dada e cada dom perfeito vem de cima, descendo do Pai das Luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg 1:17). Naturalmente, a busca por conhecimento visa a obtenção da verdade a respeito de algo, que segundo o filósofo cristão Agostinho de Hipona, só pode ser encontrada originalmente em Deus.
O texto de Gênesis citado é bem conhecido e demonstra a primeira e frustrada tentativa do homem adquirir para si um conhecimento independente de Deus. Vale observar o resultado dessa catástrofe:
1 – foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueiras, e fizeram para si aventais: A simplicidade e confiança no Deus Criador deram lugar a um conhecimento que revelava a impureza e malícia, agora situada na mente do homem. Suas atitudes de proverem para si elementos que atendessem a demanda de suas impurezas revelava a necessidade daquilo o que não poderia ser mais resgatado, seu relacionamento com Seu Criador.
2 – E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia, e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim: Ao buscar o homem, em algo que parecia ser rotineiro, mas ao mesmo tempo em uma atitude que revela a graça do Senhor – por já saber em que situação se encontrava o homem – Adão e sua mulher se escondem, dando provas de mais um novo conhecimento recebido: que haviam desobedecido a Deus.
            No verso 9 Deus realiza sua chamada graciosa. A declaração, em forma de pergunta, “Onde estás?”, fez com que Adão e sua mulher saíssem ao encontro de Deus, para mais um novo conhecimento: o da natureza de suas ações a partir de então. Depois da tentativa de transferência da culpa que era pessoal, ambos puderam saber que a verdade de Deus não deveria ser questionada. A expulsão da presença do Senhor significou para o homem que sua produção independente não era suficiente para produzir a verdade e a satisfação em si mesmo.
            O Deus de amor, no entanto, não abandonou a sua criação, e mesmo na sentença consequente prenunciou que lhes proveria a restauração à Sua presença de maneira definitiva. Desta forma, apresentou o que sabemos que foi realizado por meio de Jesus Cristo. Esta era demonstração de onde o homem deveria investir sua busca de conhecimento, algo citado pelo apóstolo Pedro em suas instruções à Igreja: “Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Temos, Nele, a única forma de sermos conduzidos à verdade. Não há nada que possa importar mais para nós do que vivermos segundo os propósitos de nossa criação, os objetivos de Deus para nossas vidas.
            Deus nos criou para que por meio Dele pudéssemos viver e conhecer todas as coisas, mas não deseja que façamos isso de maneira independente, porque dependemos dele para o sucesso de nossas ações. Quando pensamos que por nossos próprios esforços chegaremos ao destaque, estamos profundamente enganados. Nossa conduta independente só busca glória para nós e isso é uma contravenção a nossa origem, pois fomos criados para glória de Deus.
            Pensemos e reflitamos por que e para que desejamos conhecimentos? Para glorificar a Deus com o que conhecemos, ensinando a outros o precioso conhecimento de Cristo – e como ele nos resgata as faculdades do saber? ou para que as pessoas nos vejam como entendidos e no fundo nosso ego seja massageado?
           

            Que o Senhor nos ajude!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

E o seu cuidado com a Família, como está?


 "Mas se alguém não cuida dos seus, especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo" (I Tm 5:8).

Não há proveito nenhum em nutrir "descasos" familiares. Acho um absurdo isso! O amor a um ente querido não é dedicado por aquilo o que ele pode oferecer, muito menos o serviço é prestado por aquilo o que se pode esperar. Amamos, porque somos parte um do outro, porque há cumplicidade, porque há o cuidado e a preocupação de que estamos fazendo como que a nós mesmos.

No entanto, vivemos em uma época de tanto egoísmo que, mesmo onde deveria ser percebida esta propensão, o que se vê é uma terrível disputa pelos "meus direitos!". Isso é resultado da mais pura necessidade que o homem (serhumano) tem de entronizar a si mesmo. Na verdade, quando gostamos de saber que aquela pessoa precisa de nós e por isso dimensionamos nosso grau de importância, estamos apenas medindo nosso valor a nós mesmos e não à verdade exigida na Palavra - o cuidado com os nossos.

O apóstolo Paulo orientou a Timóteo que honrasse aquelas que não tivessem ninguém para assisti-las (no caso, as viúvas que não possuíam filhos ou netos), mas caso estas tivessem quem as assistisse deveriam ser cuidadas pelos seus descendentes - enfatizando que isso é algo agradável ao Senhor (ITm 5:3-5).

Cuidar de nossa casa é algo que, segundo o escritor inspirado, proporciona satisfação ao nosso Deus, mas o descuidar, maltratar, ou até mesmo destratar, nos leva a triste situação de sermos classificados como "pior que infiéis". Aquele que acredita ter estudado o suficiente ou alega ser tão espiritual para desvalorizar aquilo o que nos ensina a Palavra, deveria repensar seus estudos e sua espiritualidade, especialmente, porque não há nada que supere a excelência das Sagradas Escrituras.


Que o Senhor tenha misericórdia de nós!